"O verdadeiro poema
apaga-se por sicomo uma vela tão de súbito
mas o que ela iluminou fica gravado
na treva abrupta
da retina
Mundos nus
nuas paredes, mesas e cadeiras
um espaço cheio de estranhos conhecidos
seguros
da nossa afeição e indiferença
impassíveis, sem sentido
sem substância."
Günter Kunert, 90 Poemas, poema trad. Leopoldina Almeida, Lisboa: a páginas tantas, 1983, p. 117.
No comments:
Post a Comment