"- Meu filho - retorquiu o velho, amedrontado - não reparas em que insultas os deuses?
- Ridículos deuses, por Hércules! - exclamou Lúcio. - Ridículo deus, esse Octávio, que tinha medo do calor, do frio, do trovão; que, chegado de Apolónia, se apresenta às velhas legiões de César coxeando como Vulcano; ridículo deus, cuja mão era tão fraca que, por vezes, não podia suportar o peso da pena; que viveu sem se atrever a ser uma única vez imperador e que morreu perguntando se desempenhara bem o seu papel!"
Alexandre Dumas, Nero, trad. Vasco Belmonte, Lisboa: Editorial Minerva, 1992, p. 18.
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