"Acalma-te erva doce
que cresces da terra,
não toques a suave harmonia
das coisas vivas,
morde a tua medida
porque o meu coração está triste
não pode ter harmonia.
Acalma-te, erva verde
não subas para os fossos
com o teu canto de luz,
oh fica debaixo da terra
nua na tua semente
como eu faço e não dou
erva de uma palavra."
Alda Merini, A Terra Santa, trad. Clara Rowland, Lisboa: Cotovia, 2004, p. 51.
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