Wednesday, September 2, 2020

DÉCIMO SEGUNDO ANO

 


"Encosto-me à morte sem amparo ou sombra
Como o grão
Abeiro-me da flor que virá e venho
À superfície do teu sonho

Como se acordasse a mão que semeia
No coração lavrado de quem faz a ceifa
Rebento no interior da morte como o trigo

Rebento no interior do trigo
E de qualquer planta que se assemelhe a ti"


Daniel Faria, Poesia, 2.ª ed., ed. Vera Vouga, Lisboa: Assírio & Alvim, 2015, p. 42. 


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