"Toda a metáfora nos contém: de nós é feita
em um pedaço e nada mais. Como
em um pedaço e nada mais. Como
se fôssemos tragados pela força
de seu poder desnudo e
de nós morrêssemos de súbito.
Toda a metáfora nos sustém / onde
não estamos como se
estivéssemos. Sempre
nos guarda a margem a que falta o rio
para nos banharmos. E, além,
muito além de para lá, talvez
outros nos banhemos em
um rio sem a margem. Toda
a metáfora nos mantém
um pouco aquém
dela e de ninguém."
Luís Adriano Carlos, Torpor, Porto: Porto Editora, 2020, p. 41.
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