"Olhos, olhai em frente!
E convencer-se a gente
de que tudo o que fica para trás
serve, apenas, de ponto de partida
e nada mais!
São ruínas e as ruínas
lembram as coisas que foram
e já não são.
Mas em frente
há a vastidão inculta e inabitada,
a vastidão que espera e que deseja
alguém.
Em frente!... O que não é
mas que devia ser
por nossas mãos!
Olhos, olhai em frente!
Atrás de nós
há Sodomas inúteis
e Gomorras em brasa!"
Os Poemas de Álvaro Feijó, Castelo Branco: evoramons, 2005, p. 96.
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