"Na Estalagem dos Poderosos não há esperança de acordar de manhã sem que tenhamos uma campainha a retinir, um locutor que se dirige a nós e nos explana a ordem do dia, dizendo-nos a temperatura que devemos conservar no corpo, a ideia que temos de vingar no cérebro, os produtos que são indicados para o nosso peso e estatura, a carreira que deveremos seguir, os factos, que são dignos de aplauso ou de repulsa."
Agustina Bessa-Luís, O Sermão do Fogo, 3.ª ed., Lisboa: Relógio D'Água, 2019, p. 62.
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