"Perdido o sentido do abismo, os monstros passeiam-seFernando Guerreiro, Grotesco, Lisboa: Black Son Editores, 2000, p. 13.
pelos reservatórios de plástico que nos seus antigos pátios
ainda pululam. Qualquer conhecimento dos fenómenos,
no entanto, é nulo e pelos terrenos cavernosos que nos
encaminham para o centro, reconhecemos os pormenores
que nos revelam que todo o pensamento ético termina
numa súplica. Poder-se-ia ter ido mais longe? Lançado
o olhar à terra, com a convicção de que o destino se cumpre
sempre muito a custo ?! Se se pensa, é sempre do mal
que se lança a semente, acreditando que o vento
por fim nos liberta do calor tórrido que nos assusta.
Assim, é sempre debaixo de palavras de que os corvos se erguem,
manchando de Sol as trevas em que agora se fina um agoniado crepúsculo."
Saturday, January 7, 2012
O SENTIDO DO ABISMO REENCONTRADO
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