"Não é abusivo dizer que o erotismo representa um momento elevado da civilização e que é uma das suas componentes determinantes. Para saber quão primitiva é uma comunidade ou até que ponto avançou no seu processo civilizador nada tão útil como perscrutar os seus segredos de alcova e averiguar como é que os seus membros fazem amor.O erotismo não tem só a função positiva e enobrecedora de embelezar o prazer físico e abrir um amplo leque de sugestões e possibilidades que permitam aos seres humanos satisfazer os seus desejos e fantasias. É também uma atividade que traz à tona aqueles fantasmas escondidos na irracionalidade que são de índole destrutiva e mortífera."
Mario Vargas Llosa, A Civilização do Espetáculo, trad. Cristina Rodrigues e Artur Guerra, Lisboa: Quetzal, 2012, p. 107.
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