María Zambrano, Clareiras do Bosque, trad. José Bento, Lisboa: Relógio D'Água, 1995, p. 43."Tem que adormecer-se em cima na luz.Tem que se estar acordado em baixo na escuridão intraterreste, intracorporal dos diversos corpos que o homem terrestre habita; o da terra, o do universo, o seu próprio.Além nas "profundidades", nos ínferos o coração vela, desvela-se, reacende-se em si mesmo.Em cima, na luz, o coração abandona-se, entrega-se. Recolhe-se. Adormece por fim já sem mágoa. Na luz que acolhe onde não se padece nenhuma violência, pois chegou-se ali, a essa luz, sem forçar nenhuma porta e até sem a abrir, sem ter atravessado lintéis de luz e de sombra, sem esforço e sem protecção."
Tuesday, February 5, 2013
ACORDADO
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