"Não chores, patroa, anima a alma!
Tu própria nos convidaste para a festa!
A maldição do marido troveja sobre Marta,
À beira da morte lançada:
Perece, maldita, tu e a tua linhagem,
cem vezes serás maldita!
Exaurida seja o amor entre vós,
que a avó sugue o sangue da neta!
Que pesem as pragas sobre os descendentes,
que não haja lugar para eles,
até que um dia o retrato se case
e a noiva se levante da campa,
e a última pagante do perverso amor
com o crânio partido se deite no sangue!
O bufo caçou o morcego cinzento,
apertou-lhe os ossos com as garras,
o cavaleiro Ambrósio com os seus farfantes
Foi visitar o vizinho.
Não chores, patroa, anima a alma,
Tu própria nos convidaste para a festa!"
Aleksei K. Tolstoi, "Upir" [O Vampiro], in O Vampiro e a Família do Vampiro, trad. Nina Guerra e Filipe Guerra, Lisboa: Arbor Litterae, 2010, p. 33.
No comments:
Post a Comment