"Um soldado da guarda de César, que se achava ferido e destroçado, pediu ao imperador licença para se matar. César, ao contemplar o seu decrépito aspecto, respondeu-lhe engenhosamente: «Acaso te julgas vivo?» Mas, guiados pela sua mão, por uma suave e como insensível encosta, pouco a pouco, e como que gradualmente, aproxima-nos daquela miserável situação e familiariza-nos com ela de tal modo que não sentimos nenhuma transição violenta quando a nossa juventude acaba, o que é na realidade uma morte mais dura do que o acabamento de uma vida que amortece, como é a morte na velhice. A passagem do mau viver para o não viver não é tão rude como a da idade florescente para uma situação penosa e rodeada de males."
Friday, February 15, 2013
GUIADOS
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