"-«Que bela é Ântia!». Mesmo depois de o grupo das raparigas ter passado, não se falava doutra coisa a não ser de «Ântia!». Mas quando Habrócomes chegou juntamente com os efebos, então, por mais belo que tivesse sido o cortejo das raparigas, todos se esqueceram delas ao verem Habrócomes. E viraram os olhares para ele, clamando de espanto: «Que belo é Habrócomes!»; «Que imagem única de um deus belo!» Houve até quem acrescentasse: «Que casal formariam Habrócomes e Ântia!».Estava aqui o começo da armadilha tramada por Eros. Com efeito, eles não tardaram a ter-se um ao outro no pensamento: Ântia ansiava por ver Habrócomes; e Habrócomes, até ao momento ainda não atingido pelo amor, queria ver Ântia."
Xenofonte de Éfeso, As Efesíacas - Ântia e Habrócomes, trad. Vítor Ruas, Lisboa: Edições Cosmos, 2000, L.1, p. 6.
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