"É a luz que nos comanda, não o deus que nela habitava.Esquecemos a humildade dos instrumentos, do alpendre onde nos abrigávamos: o massacre reduz-se à repetição de um gesto.Alguém disse: depois, de quê?, já não é possível escrever um poema: talvez desconhecesse o poder dos resíduos, do subtil residuo que é a luz: foi com ela que tecemos o terror.E a escrita tornou-se a intuição desse mal, (...)"
Rui Nunes, Armadilha, Lisboa: Relógio D'Água, 2013, p. 20.
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