O LUME DA SOMBRA
"Devastado pela abominação selvagem ou
pelo espantoso apocalipse boreal: a alegria da terra,
o último dos homens sabe contudo que uma e
outra são da mesma matéria feitas.
- Sim, conheço o clarão venenoso e o lume
da sombra. Sim, a constelação enterrada, recito
os seus nomes na argila gravando algumas imagens
últimas: cicatrizes escritas numa língua morta. (...)"
Manuel Gusmão, migrações do fogo, Lisboa: Caminho, 2004, p. 26.
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