"Viver só. Estar só até à morte. Ninguém quer conhecer-nos para nos amar. Defendermo-nos sem uma falha de atenção. Fechar a porta com duas voltas. E vir então para a rua. E ser quotidiano e medíocre. E ser amável. E ser igual, para que todos fiquem tranquilos sem a ameaça, a insolência, o insulto de uma «diferença». Já o disse. Mas não há mal em repetir."
Vergílio Ferreira, Conta-Corrente I, 3.ª ed., Amadora: Livraria Bertrand, 1982, p. 69.
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