"Pois tudo o que é amorfo, sendo por natureza apto a receber um formato e uma forma, se permanece impartícipe da razão e da forma, é feio e externo à razão divina: e isso é o inteiramente feio. Mas também é feio aquilo que não é dominado por um formato e por uma razão formativa, porque a matéria não suportou ser completamente formatada pela forma. Pois a forma, advindo, compõe e coordena aquilo que vai ser algo uno e composto de muitas partes, e o conduz a uma completude una e nele produz a unidade através da concordância, pois, sendo ela una, o que foi por ela informado também devia ser uno, na medida de suas possibilidades, uma vez que é composto de múltiplas partes."
Plotino, Enéadas I, 6, 2, trad. José Carlos Bacarat Júnior, in Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino (Volume I), Campinas:Universidade Estadual de Campinas/Instituto de Estudos da Linguagem [tese de doutoramento], 2006, p. 306.
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