"De resto, não é extravagante sugerir que o belo e o sagrado encontram-se ligados nas nossas emoções e que ambos têm a sua origem na experiência da encarnação, que atinge a sua maior intensidade nos nossos desejos sexuais. Portanto, por via diferente, chegámos a uma conclusão que podemos, sem demasiado anacronismo, atribuir a Platão: o interesse sexual, o sentido da beleza e a reverência pelo sagrado correspondem a estados de espírito próximos que se alimentam mutuamente e que têm uma raiz comum."
Roger Scruton, Beleza, trad. Carlos Marques, Lisboa: Guerra & Paz, 2009, p. 59.
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