"O sublime tem de ser sempre grande, o belo pode também ser pequeno. O sublime tem de ser simples; o belo pode estar adornado e engalanado. Uma grande altura é tão sublime como uma profundeza, mas esta é acompanhada de uma sensação de estremecimento e aquela de uma sensação de admiração, porquanto a primeira é uma sensação assustadora, a segunda é nobre. A visão de uma pirâmide egípcia impressiona muito mais que qualquer descrição pode representar, se ouvirmos o relato de Hasselquist, porém a sua arquitectura é simples e nobre. A basílica de São Pedro em Roma é magnífica, na sua estrutura, ao mesmo tempo grandiosa e simples, a beleza - por exemplo do ouro, dos mosaicos, etc. - está distribuída de uma forma tal, que o que mais se destaca é sublime e o conjunto é magnífico. Um arsenal deve ser nobre e simples; um palácio residencial magnífico, enquanto o de recreio belo e ornamentado.
Uma duração longa é sublime. Se pertence ao passado é nobre. Se for considerada num futuro a perder de vista, contém algo de terrível. Um edifício da mais remota antiguidade é venerável. A descrição que Haller faz da eternidade inspira um suave sentimento de horror, enquanto a descrição da eternidade passada suscita uma admiração perplexa."