"Aquele país enchia-a de terror; mas era mais a alma do que o corpo que sentia medo. Pela primeira vez, compreendeu que vivia numa ilusão. Até aí, julgava que cada indivíduo possuía um «eu» completo. Agora, Kate percebia que homens e mulheres não eram feitos de uma só peça mas sim de bocadinhos um pouco ao acaso. Os homens e as mulheres são seres inacabados. Criaturas que funcionam com certa regularidade mas de vez em quando se perdem numa confusão de inconsequências."
D. H. Lawrence, A Serpente Emplumada, trad. Maria Franco e Cabral do Nascimento, Lisboa: Unibolso/Portugália Editora, s.d., p. 108.
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