Saturday, April 21, 2018

A SEDUÇÃO


"Evidentemente, uma arquitectura que aspira à sedução e reivindica ao mesmo tempo um sentido de crítica radical tem de fazer concessões. Os múltiplos projectos da chamada vanguarda que idolatram a imagem caem nesse paradoxo. O fetichismo da imagem, ao aderir à lógica da sedução, não pode simultaneamente procurar fundamento na crítica radical da cultura arquitectónica contemporânea, porque a crítica radical define-se a si mesma como uma política de conteúdo que opera ao nível do significado. A sedução, por seu lado, funciona a um nível superficial e serve para contrariar qualquer crítica em termos políticos ou qualquer procura de significado."

Neil Leach, A Anestética da Arquitectura, trad. Carla Oliveira, Lisboa: Antígona, 2005, p. 137. 

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