"A musical ordem do espaço,
a manifesta verdade da pedra,
a concreta beleza
do chão subindo os últimos degraus,
a luminosa contenção da cal,
o muro compacto
e certo
contra toda a ostentação,
a refreada
e contínua e serena linha
abraçando o ritmo do ar,
a branca arquitectura
nua
até aos ossos.
Por onde entrava o mar."
Eugénio de Andrade, "Homenagens e outros epitáfios", in Poesia, 2ª ed. revista. Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2005, p. 253.
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