"O encanto das vernantes flores para sempre não dura,
nem a lua corando brilha num só gesto:
porque fatigas tu a alma com eternos pensamentos
que a excedem?
Porque não antes beber enquanto é tempo, assim, sem mais,
deitados sob um alto plátano ou sob este pinheiro,
perfumando os brancos cabelos
com a rosa,
ungindo-os com assírio nardo? Dissipa Évio
os vorazes cuidados. Que rapaz irá lestamente
o fogo do vinho falerno extinguir
com a água que corre?"
Horácio, Odes, II, 11, trad. Pedro Braga Falcão, Lisboa: Cotovia, 2008, p. 150.
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