"As vozes são frágeis e no seu rumor contra a escuridão
desprendem-me e toco com a saliva
o abismo dos astros.
Sei que limpam uma lágrima
que crepita ou flutua.
Sei que no meu sangue naufragam
todos os rostos. Sei que nasci
e não posso voltar atrás
como os pássaros."
Jorge Velhote, Âmago, Edições Sem Nome, 2018, p. 45.
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