"Onde o halo do espaço por ele iluminado?
Ele não foi chamado a figurar
numa das faces deste corpo imenso,
mas ansiou ficar connosco,
já não carne mas palavra do princípio,
para alimento que devora mais do que sacia.
E nele a luz que nunca se consome:
guiou uns dedos ao gerar-se estas imagens,
será o olhar que procure entendê-las."
José Bento, Silabário, Lisboa: Relógio D'Água, 1992, p. 210.
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