"Queria que esta árvore me olhasse
como eu a olho
secretamente e sem remédio.
Amo a paisagem
cada vez mais
indecifrável
pássaro que voa nos dois sentidos
com a morte loucamente colorida
por fiel companhia."
Artur do Cruzeiro Seixas, Obra Poética, vol. I, Vila Nova de Famalicão:Quasi Edições, 2002, p. 237.
1 comment:
Alguns textos que leio são algo indecifráveis , mas não este. Fiquei extasiada com a foto. As cores ( eu gosto de cores .... a vida já tem muito de cinzento e eu sou pálida ... ), o reflexo, o " o tapete de folhas caídas "... Não sei como conseguiste este momento mágico em consegues esta foto tão maravilhosa em todos os sentidos. Não sei escrever como tu e não sei descrever idealmente a beleza desta imagem , nem o que ela me transmite . Não sei como consegues estar no sítio certo à hora certa para captar estes momentos e como consegues fazer a sintonia perfeita entre o texto e a imagem. Sinto-me um pouco como Alberto Caeiro... Sinto, percebo, mas pensar incomoda como andar à chuva.... Senti a beleza do texto e a imagem. Quase que me apeteceu caminhar pelo tapete de folhas , mas que se saiba só Deus conseguiu caminhar sobre as águas e ... Indiana Jones numa das sequelas em que ele refere algo como " The believer must believe "... " faith... "... já não me lembro bem, mas era algo assim...
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