"Os dias já andam sozinhos
nem sabem no que se metem
uma simples teia de aranha
ou uma chave falsa
lhes basta
para a fonte que ignoram.
Olham os órgãos da planta
- grande plátano em violeta -
e transmutam a substância
em lentes e sal.
Do infinitamente pequeno
ao infinitamente pequeno
que longa caminhada.
Depois deles a treva
agita-se ao fundo do retrato
e os personagens acenam-nos
no sentido contrário."
Artur do Cruzeiro Seixas, Obra Poética, vol. I, Vila Nova de Famalicão:Quasi Edições, 2002, p. 191.
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