" - Não me compreenda tão depressa, por favor. Por desinteressado, entendo gratuito. E entendo que o mal, aquilo que se chama o mal, pode ser tão gratuito como o bem.
- Mas, nesse caso, porque praticá-lo?
- Precisamente: por luxo, por necessidade de despesa de energia, por jogo, pois pretendo que as almas mais desinteressadas não são necessariamente as melhores - no sentido católico do termo; pelo contrário, segundo esse ponto de vista, a alma melhor domada é aquela que faz melhor os seus cálculos."
André Gide, Os Subterrâneos do Vaticano, trad. Carlos C. Monteiro de Oliveira, Porto: Ambar, 2007, p. 158.
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