"A noite é, ou pelo menos era temida, escandalosa, ou até sagrada. Extraordinariamente solitária, imensa, ressoante, tornava-se pertença dos pássaros e dos astros. Daqueles pássaros que largam pios repetidos, como pingos de água caindo de alto, e de outros que gorjeiam com indizível melancolia. Pertencia-lhes e ao Perdigoto, de longe em longe."
Irene Lisboa, Voltar atrás para quê?, Lisboa: Unibolso, s.d., p. 78.
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