ABERTA
"A mão aberta já não liga
E o sol desce tão devagar como o último voo das pombas.
Há nos meus olhos dois poços
Na paisagem
Duas estrelas que ferem como rodas dentadas dentro de máquinas
E é noite. No meio do escuro peço
Uma pedra incendiada. Pego-a com ambas as mãos
Levo-a à boca e das chamas bebo
Água"
Daniel Faria, Poesia, ed. Vera Vouga, 2ª ed., Lisboa: Assírio & Alvim, 2015, p. 48.
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