"A perceção fundamental de Espinosa no Livro Primeiro é que a Natureza constitui um todo indivisível, incausado e substancial - na realidade, é o único todo substancial. Fora da Natureza, nada existe, e tudo o que existe é parte da Natureza e é trazido à existência com uma necessidade determinista. Este ser unificado, único, produtivo e necessário é exatamente aquilo que designamos por «Deus». Devido à necessidade inata na Natureza, não há teleologia no Universo. A Natureza não age com quaisquer finalidades e as coisas não existem com objetivos determinados. Não há «causas finais» (para utilizar a habitual expressão aristotélica). Deus não faz «coisas» por amor de mais ninguém. A ordem das coisas apenas deriva das essências divinas com um determinismo inviolável.Toda a conversa acerca dos propósitos de Deus, das suas intenções, objetivos, preferências ou desígnios, não passa de uma ficção antropomórfica."
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