DIVINO
"Há qualquer coisa de divino aqui
Uma brisa que vem não sei de aonde
Um instinto de paz e de alegria
Um espaço vasto majestoso e simples
Uma doçura nas gentes
sobretudo
No seu olhar tranquilo
Uma lentidão animal suave
Poderoso e belo
Aqui
de muito antiga
ergue-se
Uma brisa
de luz doirada
É tão antiga
Que nos murmura
Aos ouvidos mortais e encantados:
Paraíso
paraíso"
Alberto de Lacerda, Meio-Dia, Lisboa: Assírio & Alvim, 1988, p. 17.
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