O ABISMO
"Mas dizem os Poetas que para o abismo
O sacro Pai, o teu próprio, outrora
Desterraste e que lá em baixo se chora,
Onde os Indómitos estão justamente antes de ti,
Inocente o deus da idade de ouro há já muito:
Outrora sem custo e maior do que tu, embora
Não tenha ditado nenhum mandamento
E nenhum dos mortais por nome o nomeasse."
Hölderlin, Poemas, trad. Paulo Quintela, Lisboa: Relógio D'Água, 1991, p. 185.
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