CONVITE
"Continuava à entrada do caramanchão, como se tivesse medo do escuro.
- Então? Não vem? - acabou por me perguntar. - Temos de conversar.
- Está-se tão bem aqui! - respondi-lhe eu. - Podíamos conversar neste banco.
Ela hesitou ainda durante um segundo, mas depois disse:
- Como quiser. Está tão escuro! É certo, porém, que as palavras não têm cor."
Émile Zola, Madame Neigeon, trad. Carlos Rodrigues, Porto: Livraria Civilização, 1960, p. 54.
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