IMENSO
"Tudo se torna indefinido, imenso.
Um sonho ou morte as cousas envolveu.
O rio tolda o espaço; é branco incenso.
Desce à terra, em penumbra e dor, o céu.
O frio piar do mocho sobressalta
Os homens que regressam aos casais...
Que silêncio de inverno! E já vai alta
A lua, sobre a rama dos pinhais."
Teixeira de Pascoaes, Sempre, in Belo. À Minha Alma. Sempre. Terra Proibida, ed. António Cândido Franco, Lisboa: Assírio & Alvim, 1997, p. 106.
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