"Cresce uma pedra no muro
De uma muralha aberta
Ao cair do tempo
Serenas crescem as ervas
Sobre o corpo que alheio olha
Os seus homens
Que crê ainda
Combatem lá muito ao longe
E caem ameias pedra a pedra
Ao grito mais agudo da mulher
E diz ouvi-la há muito tempo
Chorará a morte do seu filho
E entretanto
Embala o pó e canta
Uma história de homens que virão
Um dia
Com nomes de vitória"
Daniel Faria, "Uma Cidade com Muralha", in Poesia, 2.ª ed., ed. Vera Vouga, Lisboa: Assírio & Alvim, 2015, p. 334.
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