"E, na verdade, eu odeio o quotidiano, que não te traz nada. E respeito a oferta ao homem da extensão e do silêncio. Mais útil que a posse de um celeiro a mais, parece-me a posse das estrelas do céu - e do mar - embora não saibas dizer-me em que é que elas cultivam o coração. Mas tu deseja-las, lá do fundo do bairro de lata, onde morres abafado. Elas são apelo para uma migração maravilhosa. Pouco importa que semelhante migração seja impossível. A pena do amor é o amor. Mal tentas emigrar para o amor, estás salvo."
Antoine de Saint-Exupéry, Cidadela, trad. Ruy Belo, 3.ª ed., Lisboa: Editorial Aster, 1973, p. 358.
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