"- Que hei-de pensar? As pessoas, só quando as perco me alcançam, só quando me deixam as vejo. Olha os amigos, quase desejo perdê-los para neles me confiar. Despedi com crueldade muita gente boa, só porque o convívio com eles impedia que os amasse. Ao ficar só, retomo-os mais completamente, já não há morte que mos leve de mim, eu própria sou e não sou a morte."
Agustina Bessa-Luís, O Susto, 2.ª ed., Lisboa: Relógio D'Água, 2019, p. 135.
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