"Deus está em toda a parte. Giordano Bruno já o dizia: «Um espírito encontra-se em toas as coisas e não existe corpo, por mais pequeno que seja, que não contenha em si uma parcela da substância divina que o anima». Cada átomo é, pois, provido de alma e assim o éter cósmico. Pode-se, portanto, definir Deus como a soma infinita de todas as forças naturais ou a soma de todas as forças atómicas e de todas as vibrações do éter. Chega-se assim essencialmente ao ponto que o anterior conferente, o qual definiu Deus: a lei suprema do mundo e o representa como a obra do espaço geral. Importa pouco o nome desta matéria tão elevada da crença, bastando a identidade da ideia fundamental, a unidade de Deus e do mundo, do espírito e da natureza. Pelo contrário, o homoteísmo, a ideia antropomórfica de Deus faz descer este conceito cósmico supremo até ao vertebrado gasoso."
Ernest Haeckel, O Monismo, trad. Fonseca Cardoso, 3.ª ed., Porto: Lello & Irmão, 1947, p. 66.
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