"«A Durabilidade e o Tempo» foi o tema do seu primeiro ensaio, tinha ele dezoito anos. «Se vemos uma flor sucumbir, ou uma libélula perder as suas asas em vinte e quatro horas - escrevia ele -, dizemos que a sua vida foi efémera; e quando falamos de certas aves ou vegetais, surpreendemos neles vida quase incalculável. A duração das coisas é variável, admite confronto, é absolutamente mensurável, é uma actividade física. Mas o tempo não é a natureza duma resistência, é uma dimensão pura, isto é, impracticável.»"
Agustina Bessa-Luís, O Susto, 2.ª ed., Lisboa: Relógio D'Água, 2019, p. 32.
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