ACENDER
"Acender a luz, interrompendo
o fluxo, permite-nos entender
a mentira da poesia que dá
ao não-acontecido a envolvente
fluidez de uma trama narrativa -
na esperança, talvez, de que
chocando com os móveis
os olhos por fim se habituem
ao som com que as letras
ao cair iluminam por dentro
as contrafacções do futuro."
Fernando Guerreiro, Ventos Borrascosos, 100 Cabeças, 2019.
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