"O silêncio continua o caminho
quando não é possível a viagem.
Tem campos
que se prolongam na distância.
No seu dorso encontro
o que nenhuma frase alcançaria.
Os poemas ficam sempre antes
do lugar desejado.
Não seguem até ao fim
do instante que permitem.
O mundo começa no seu limite,
depois de cada palavra.
E a poesia outra vez isolada
tornou-se no sinal da despedida."
Joel Henriques, A Claridade, s.l.: Editora Casa do Sul, 2008, p. 31.
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