Friday, December 9, 2011

O TEMPLO


"É onde se não vai directamente e no entanto o espaço vence
Muitos dos gestos para já não dizem nada
E sobretudo há o silêncio e há mãos para tudo
o que sobeja. Eu ia à minha vida
e entro e não sei da minha vida
Eu tinha gente à espera, assuntos sítios onde ir
e um amigo cresce cresce. E saio para a rua
e depressa - ai de mim - há fim em quanto faço
Já fui uma criança e quase sempre esqueço"
Ruy Belo, Boca Bilingue, 4ª ed., Lisboa: Editorial Presença, 1997, p. 54.

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