Sunday, July 15, 2012

ANIVERSÁRIO (RAIZ RESPLANDESCENTE)


"Na convergência que aspira o mundo e o instante
o fundo olha-me, e a elipse vê-me,
a totalidade é ninguém.
Onde era a separação sem nome um leque abriu-se
iluminando os campos devastados.
O rosto primeiro ascende do seu poço interior
e brilha transparente como uma lua branca.
No seio de uma fidelidade que ignoro
oiço galrear os gnomos do vazio.
Retirado dentro de um aroma errante, imóvel,
recebo a luz
de uma raiz resplandescente."
António Ramos Rosa, A Imagem e o Desejo, Lisboa: Universitária Editora, 1998, p. 17.

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