"Esta riqueza de ter juízo,se chegou tarde, sempre chegou!As minhas mágoas estão cansadas;parem a vida, que eu já lá vou!Ia chegando junto do cais,quando a sereia deu três apitos.E o barco foi-se, talvez com medoda minha mala dos infinitos...Atiro os olhos às ondas verdes,e desço à praia com sol vermelho.E, da viagem que me acenava,só trago a concha dum búzio velho."
António de Sousa, "Jangada" in Natália Correia (org.), A Ilha de Sam Nunca, Angra do Heroísmo: Antília, 1982, p. 88.
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