"- Eu acho que nós, bois, - Dançador diz, com baba - assim como os cachorros, as pedras, as árvores, somos pessoas soltas, com beiradas, começo e fim. O homem, não: o homem pode se juntar com as coisas, se encostar nelas, crescer, mudar de forma e de jeito... o homem tem partes mágicas... são as mãos... Eu sei..."
João Guimarães Rosa, "Conversa de Bois" in Sagarana, 28ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 320.
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