"Isto de ser um resto, é coisa cuja explicação escapa à língua humana. Ter deixado de existir, é persistir ; é estar no pego e fora dele; é reaparecer na superfície da morte, como insubmersível. Existe misturada com tais realidades certa quantidade de impossível. Resulta daqui o invisível. Aquele ente - seria um ente? - aquela testemunha negra era um resto, e um resto terrível. Resto de quê? Em primeiro lugar, da natureza; depois, da sociedade. Zero e total."
Victor Hugo, O Homem Que Ri, vol. I, s. trad., Lisboa: Guimarães Editores, 1915, p. 60.
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