"Durante uma bela tarde, vai passear-se para um lugar agradável, onde o horizonte bem desanuviado permite assistir ao pôr do Sol, e observem-se os objetos que tornam reconhecível o lugar do seu ocaso. No dia seguinte, para se tomar um pouco de ar fresco, volta-se ao mesmo lugar, antes do Sol nascer. Muito antes de aparecer, já este se anuncia com os raios de fogo que lança à sua frente. O incêndio aumenta, o oriente parece estar em chamas; vendo o seu brilho. crê-se que o astro vai aparecer, muito antes de ele se mostrar; por fim, lá está ele. Um ponto brilhante é lançado como uma flecha e, imediatamente a seguir, todo o espaço fica cheio com ele; o véu das trevas retira-se e cai. O homem reconhece o lugar onde vive e acha-o mais belo."
Jean-Jacques Rousseau, Emílio, vol. I, Livro II, trad. Pilar Delvaulx, Mem Martins: Publicações Europa-América, 1990, p. 179.
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