"Como se pode ver, «crise», no seu sentido próprio, expressa algo positivo, criativo e otimista, pois envolve mudança e pode ser um renascimento após uma ruptura. Indica separação, com certeza, mas também escolha, decisões e, por conseguinte, a oportunidade de expressar uma opinião. Num contexto mais amplo, a noção adquire o sentido de maturação de uma nova experiência, a qual leva a um ponto de não retorno (tanto no âmbito pessoal quanto no histórico-social). Em resumo, a crise é o fator que predispõe à mudança, que prepara para futuros ajustes sobre novas bases, o que não é nada deprimente, como nos mostra o atual impasse económico."
Zygmunt Bauman e Carlo Bordoni, Estado de Crise, trad. Renato Aguiar, Lisboa: Relógio D'Água, 2016, p. 13.
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