"Qualquer obra de arte é a aplicação de um esforço, de interromper uma corrente, de fazer saltar, estilhaçar, uma ligação, um vínculo, em vista de os exprimir. Qualquer obra de arte é também uma resistência à tentação de ser arrastado, de se deixar adormecer na neve, uma resistência ao prazer de continuar a ouvir os harmónicos perfeitos, para os obrigar a ressoar."
Maria Filomena Molder, Rebuçados Venezianos, Lisboa: Relógio D'Água, 2016, p. 25.
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